por Guilherme Salla
Um poema me escapou
da coleira e mordeu
o carteiro.
Mas poeta,
onde está a focinheira
dos teus versos,
pensas que poema é borboleta?
Castra tuas estrofes,
mete uma antitetânica,
pois a raiva
é uma rima
que rosna espuma
nos cantos da boca.
Tranca este metro no canil,
sacrifica este poema
antes que ele ataque
o teu leitor.
Poema que late.
.
Um comentário:
Poemas que ladram não mordem; enquanto ladram.E Kafka sustentava que o bom escrito dever-nos-ia chegar como a notícia de morte de um ente querido. Parabéns, Guilherme!
Postar um comentário