17 novembro 2011

SONETO XXXVII





Cheira a chuva na terra aspirando mais vida

Dedicado à Karina da Cruz D'Antonio.


Por Marcelo Finholdt


Cafezinho, manhã, vida nova, romã,
Eucalipto, você, outra vida... por quê?
Ouça quem vem dizer, só dizer de você,
Com carinho, romãs, boas taças, manhãs.

Livro novo, violão com madeira de ipê,
Flores novas do mato exalando o amanhã...
Obsessões, ou talvez, uma febre terçã,
Das visões, do olho só, procurando... cadê?

Cheira a chuva na terra aspirando mais vida,
Outra vida renasce esperando o desnudo,
Terra, chuva, outro cheiro, outro cheiro e a ferida...

Logo é reconhecida... estremece em veludo.
Nu, desnudo, alguém tece uns versinhos na lida,
Vê com olhos, com boca, e uns ouvidos de mudo.

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