28 outubro 2011

A CABINE TELEFÔNICA (Parte II)

Por Luana McCain


- Cibele! – eu falei, saindo do carro... com cautela.

Eu estava a apenas alguns metros da cabine, mas a cerração era tão forte que eu mal conseguia vê-la. Dei alguns passos. Estava desnorteada em relação onde a cabine se situava e um medo gritante de me perder por ali me perturbava.
Gemidos se arrastavam de lá e cá do nevoeiro.

- Cibele!... Cibele! - eu berrava a plenos pulmões e nenhuma resposta dela.

Susto! À minha frente a tal cabine, aparentemente inofensiva. Me aproximei, quase arrancando os cabelos e dei uma verificada rápida nela para encontrar alguma coisa que me indicasse o paradeiro da minha amiga. E nada. Suspirei desanimada, ao mesmo tempo, nervosa. Por fim, decidi retornar ao carro.
Algo inexplicavelmente surreal me fez tremer nas bases e não consegui sequer sair do lugar.


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