05 março 2011

Vamos pular o Carnaval?



Uns quicam-se aos sons de ressoo com os dedos indicadores apontados ao céu cristão, suando os dias mal-remunerados na alegre contradança de não ser o que se é. Ou mesmo uma forma de descer os véus, escancarando-se? Todos sucumbem aos prazeres, livres do fardo da farda, cumprindo o comprido descanso no extravaso. Outros brasileiros, os mesmos do futebol na ponta do pé no chão, pulam a data, passam a bola, contra a dança dos que não pensam. Não vem ao mérito da questão. É dinheiro gasto com frugalidade, música com o duplo sentido todo de fora, pois quem tem peito não precisa mostrar a cara e quem tem bunda, caga e anda enquanto a bosta nela resvala. Pensar para quê? A liberdade do pensamento está além do raciocínio, quando o corpo é que emite a opinião mais sincera por detrás das fantasias e máscaras. Paixão. A carne vale nos dias gordos: o rei momo está nu! Poucos são os que aproveitam, porque são aproveitados pelos outros. Bêbados equilibristas da nação. Pura malandragem de quem desfila, assim sem mais, para o mundo, seja ele primeiro, terceiro ou segundo. O certo é que logo será hora da Fênix, ressaqueada sobre um carro alegórico, ressurgir bem na quarta-feira de cinzas.


2 comentários:

Anônimo disse...

Pulando!

Dos quintos para os quartos?

Um quarto de boteco
outro de proseio
um terço de conhaque
a média para cair fora
meio fio para dormir e
a vida para levar!

Finholdt

Anônimo disse...

É assim mesmo que se pula um carnaval - pulando.Dizia minha ama-de-leite: Pouco riso e muito indriso. Ela era avant gard, a ama. Forniquemos a bel prazer de cada sístole/diástole, pois.

Tonhão Gusta

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