06 fevereiro 2011

RÚBIA A RUIVA

P.S.: Atenção, concentração! Vai começar a brincadeira. Do Vanderlei, da Vanderléia, e também da dona velha. Vide - Rafa Carvalho!
Rúbia a ruiva
Ninguém do prédio gostava de Rúbia a ruiva. Seus escândalos, festas e espírito de arruaça por excelência incomodava, principalmente, as velhas carolas do condomínio e todo tipo de conservadores que prezavam a ordem e os bons modos.
Rúbia em sua efervescência , sua paixão e sangue pulsante, percorria movimentos criadores em seu pequeno apartamento. Não apenas, a velha forma sexo, drogas e rock roll - de rock aliás, não tinha nada além da atitude, sequer, uma camiseta de banda.
A capacidade criadora de Rúbia advém –lhe da polaridade entre sua atividade e passividade diante do mundo. E no seio da qual, a passividade não indica uma falta ou uma privação, mas, ao contrário, se torna uma condição essencial dela. Vamos falar de passividade:
Uma mulher de 30;
Sem compreensão;
Sem carência;
Sem amargura;
Nada sério recebido, nada sério dado e em última instância nada poderia existir em sua vida do que um difuso espírito capaz de espionar Carlos - o vizinho confuso e metódico, e observar o seu tédio comprado como drops, mas, sonhar que talvez um dia ela possa ter passividade no coração o suficiente para encontrar qualquer concepção de conservadores de condomínio pra se esconder melhor e praticar seu voyeurismo com prazer.

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