07 agosto 2010

Os 20 Elementos


Vento era esbaforido sussurro feito um murro teu ao pé do muro meu ouvido.
Sol uma pele roçada na minha molhada em suor pela frieza ao empurrar dor.
Água era lágrima de sorriso ensalivado pelo cão com fome ante ser petisco.
Fogo pelo eriçado qual crina de cavalo ante criptonita arremessar pedra de gelo.
Terra planeta de concreto fundido à marretada de neanderthal nas extremidades.
Lama escorregada traiçoeira na calçada após chuva de carros a te sujar na rua.
Fala a mim como se ninguém estivesse escutando a gente pelos cotovelos dor.
Culpa a mim como se fosse tua mãe que abandonava e agora se compromete.
Cospe a cara do prato que te cometeu frio.
Lambe o sapato do palhaço com língua de cobra.
Sobra a tua comida não doada para fome.
Mata a vontade já adormecida pelo coma.
Cama faça depois de acordar perto do sonho.
Ponha a rosa dentro da meia página do livro.
Livre a pomba da gaiola do medo do mesmo.
Voa da janela para o outro apartamento.
Aponte o dedo duro ao pau da cara.
Eu sinto o que não devo prever.
Sucinta a prosa que não haveríamos de tecer.
Porque é mais prova de crime que bala.

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