11 agosto 2010

CONFRONTO

Por Eustáquio Gomes

Olho a palavra,
sua nervura
como se morte,
loucura.

Olho a palavra
fora de mim.
Não a tenho.
Não a quis.

Me olha a palavra
sua aspereza
detrítica, areia
de após a cheia.

Olho-a e me fere
sua raiz:
rasgo profundo
de operatriz.



{O poema acima foi publicado no livro coletivo Cara a Cara. Raridade. Encontrada graças aos Arquivos Incríveis de João Antonio Büher de Almeida}



Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails